sábado, 3 de julho de 2010

Ficha de Registo de Actividade

Introdução

Enquadrado na proposta de trabalho da Unidade Curricular de “Metodologias e Técnicas de Educação Gerais e Especiais II”, este trabalho tem como objectivo proporcionar ao Educador Socioprofissional a aquisição de conhecimentos das várias técnicas de trabalho com diferentes grupos adaptáveis e às diferentes faixas etárias; meios para a gestão e organização da vida de grupos; o contacto com novas técnicas de Animação de Grupos; desenvolver a criatividade e a capacidade de expressão, tendo em conta uma metodologia própria e generalizada, que visa a consciencialização participante e criadora das populações.


Ficha de Registo


Tema
Técnica de resolução de conflitos e problemas grupais aplicada a arrumadores de automóveis toxicodependentes da zona de Matosinhos, que disputam os lugares de estacionamento entre si e usam de violência física contra os carros e violência verbal contra as pessoas que não lhes dão moedas

Título
O ciclo de vida

Objectivos
- ajudar a tomar consciência de uma fase problemática da própria vida e qual o projecto de vida subjacente;
- favorecer a tomada de consciência de como se viveram determinadas fases da vida, da relação com o contexto humano, das emoções e sentimentos que caracterizam a infância e a adolescência


Diagnóstico
(participantes)
- baixa auto-estima, ansiedade, agressividade, impulsividade, baixo controlo do eu

Características dos participantes
- 8 pessoas sexo masculino com idades compreendidas entre os 20 e 50 anos

Dinâmica da Técnica
- Numa sala ampla e confortável, os participantes deitam-se de costas para baixo em cima de umas mantas, separados uns dos outros. A sala deve estar na penumbra.
O animador diz em voz alta: «imaginem que se encontram deitados num berço. São muito pequeninos… com 3 dias de vida…» (pausa). «Estão na vossa caminha… têm fome… estão à espera que vos tragam algo para comer» (pausa longa; observar as reacções). «Têm fome e são muito pequenos…» (pausa).
O animador acende a luz. Os participantes permanecem deitados. Então o animador prossegue: «Agora têm 4 anos de idade, já cresceram. Estão com os vossos colegas na creche… podem brincar livremente…» (esperar 5-10 minutos, observar os comportamentos, estimular os mais isolados).
de seguida recolhem-se as mantas e dispõem-se as cadeiras em fila, duas a duas: «Agora têm 9 anos, estão na quarta classe. É um momento de pausa porque a professora saiu da sala de aula…» (dar tempo para observar a dinâmica entre os membros do grupo)
«Agora caminhem dentro da sala livremente enquanto o tempo passa…subam para o autocarro que está à vossa espera. Têm 18 anos. Com os vossos colegas, vão numa viagem de fim de ano…podem sentar-se onde quiserem…» (dar tempo para observar a dinâmica entre os membros do grupo).
«Já chegaram. Podem descer do autocarro. Caminhem livremente porque o tempo está a passar…»
Dispor as cadeiras em círculo amplo.
«Imaginem que têm 30 anos. Estão no intervalo de um espectáculo teatral…» (Deixar passar 5-10 minutos para conversação e eventuais encontros.
Dispor as cadeiras duas a duas como se fossem bancos de jardim.
«Agora estão num jardim público. Têm 50 anos. Podem sentar-se, passear, fazer o que quiserem …»
Dispor as cadeiras como numa sala de estar.
«Agora têm 70 anos. Encontram-se num lar de idosos…» (deixar passar 5-10 minutos e colocam-se novamente as mantas no chão, apagam-se as luzes, ficando a sala novamente na penumbra).
«Estão mortos. Procurem um lugar onde podem repousar em paz. Visualizem a vossa sepultura (em que terra se encontra) e eventualmente a lápide. Leiam o epitáfio inscrito na lápide.»
Convidam-se os participantes a verbalizarem a terra onde se encontra a sepultura e as palavras do epitáfio.
Acender as luzes da sala e sentarem-se em círculo para debater a experiência acabada de realizar.

Duração
+- 1h00 dependendo do número de elementos que constituem o grupo
Caracterização do lugar ideal
Sala ampla confortável e sossegada ou ginásio

Material necessário
Tapetes ou mantas e cadeiras

Instrumentos de avaliação
- observação directa
- debate sobre a experiência acabada de realizar
- algumas questões:
Como é que se sentiram coma a experiência?
Quando estavam no berço tinham esperança de que alguém vos viesse dar de comer?
Na creche sentiam-se contente ou sentiam a falta da mãe?
Como era a relação com os vossos colegas da escola e com os professores?
O que é que prevêem para o futuro?
Como viveram e percepcionaram o comportamento dos outros elementos do grupo?

Bibliografia
MANES, Sabina, “83 Jogos para a Dinâmica de Grupos”, Lisboa, Edições Paulus, 2008, pp.61-63.


Reflexão
Tendo em conta o estudo nesta Unidade curricular, podemos concluir que todas as técnicas de animação de grupos, são acções que pretendem orientar os seus participantes na direcção das mudanças desejadas pelo grupo, simulando situações vivenciadas e que beneficiem o meio social onde se está inserido, a explorar lideranças, a promover motivação, a estimular participação, a favorecer entusiasmo e outras competências básicas importantes, com a finalidade de melhorar as relações humanas, desenvolver no individuo tolerância para consigo e também para com os outros, levar as pessoas a superar a inércia e impasses resultantes de dificuldades na resolução de problemas. Assim é também de salientar a importância de levar o indivíduo a uma boa integração e ajustamento nos grupos em que participa, para uma actuação cada vez mais satisfatória e uma participação cada vez maior.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Estudo de casos

Um grupo estuda analítica e entusiasticamente um dado "caso" com todos os pormenores, para retirar conclusões ilustrativas. Técnica aplicada a pequenos grupos. O lider guia o grupo, facilita a recapitulação final, sem manifestar a sua opinião. Esta técnica treina os membros de um grupo na análise de situações e factos, desenvolve a flexibilidade de raciocínio, mostrando que pode haver várias soluções para um mesmo problema.